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sexta-feira, outubro 09, 2009

Observações memoráveis



Gente! O Rio de Janeiro continua lindo... e isso é incrível, pois é uma terra de muitos contrastes (talvez por isso ele seja lindo, mas não só por isso). Ele é lindo, embora, logo na chegada, tenhamos que passar por um extenso caminho poluído com muito lixo e odores fétidos. E isso é lamentável, não dá pra deixar de perceber e, num certo sentido, sentir-se indignado. Vale perguntar: cadê o responsável, melhor, os responsáveis por esse desleixo com o lixo?

Mas eis que senão quando (?)... aos poucos, começamos a adentrar nas maravilhas dessa cidade que não é à toa que seja conhecida como “a” cidade maravilhosa, cheia de encantos mil. As maravilhas vêm primeiro à distância, por meio do porte das rochas que se impõem, lá de longe, aos nossos olhos. Depois, aquela natureza abundante e desbundante, que brota desavergonhada e imponentemente no meio dos espaços transitados, habitados e desabitados. Um verdadeiro espanto!

Podemos observar de tudo um pouco e, em alguns casos, de tudo muito. Muita gente bonita, aliás, linda, e muita gente feia também, aliás... (desculpem-me, mas não acredito que tenha alguém nesse mundo que não enxergue que existe uma diferença entre o belo e o feio, a despeito das diferenças nas apreciações que os seres humanos fazem).

Mas o Rio de Janeiro continua lindo. Do lixo chegamos ao luxo, da velharia das construções quatrocentonas com suas paredes e pisos revestidos de mármores e granitos à contemporaneidade iluminada e plastificada em meio a um trânsito caótico e colorido. Os sotaques arraxxxxxxtados, as figuras mais bizarras, as cores, o brega, o chic, o sofisticado, o tosco, o glamour e a simplicidade: quanta diversidade! As rochas são magníficas, de tirar o fôlego. A vegetação nem se fala, impossível não pasmar com ela. A lagoa, o mar, ah... o mar, nem é preciso dizer... "no mar estava escrita uma cidade". É preciso lê-la, e vivê-la.

E pra completar, além de todas as maravilhas que o Rio oferece, tive o prazer de sentar-me ao lado da estátua “o pensador de Copacabana”, do poeta Carlos Drummond de Andrade, e ficar ali, na mesma pose que ele, a pensar e observar tanta vida. Confesso que por pouco não enlouqueci e bati um papo com ele rsrs. 


Carlos Drummond de Andrade, " No mar estava escrita uma cidade."