Meu pensamento em febre
é uma lâmpada acesa
a incendiar a noite.
Meus desejos irrequietos,
à hora em que não há socorro,
dançam livres como libélulas
em redor do fogo.
Henriqueta Lisboa | Noturno' | In: Prisioneiro da Noite | Civilização Brasileira | Rio de Janeiro | 1941