o relógio decompõe o tempo
frio
lento
já não há mais palavras
meus lábios estão mudos
apenas gemem
febricitantes
no silêncio da rocha
um ferimento
o barco afundou no cais
vento.
......................................
"Não há amor de viver sem desespero de viver" (Albert Camus em O Avesso e o Direito).
3 comentários:
Estás a escrever como portuguesa... a areia, esse relógio, essas belas palavras trazem ares lusitanos.
rsr... Não havia pensado nisso, mas, pensando agora, talvez seja influência do sangue (eu não poderia negá-lo, já que tenho ascendência portuguesa rs), e das leituras que faço. Dizem que os portugueses fizeram muita MMMM (risos), mas se há algo que eles sabem fazer muito bem é escrever. Há uma grande quantidade de poetas e escritores portugueses que sempre leio e admiro. Mas nesse universo (de escrever poemas) acho que sou apenas uma criança que brinca de rabiscar... (de qualquer modo, gostei do elogio, obrigada).
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