segunda-feira, julho 26, 2010

IV Colóquio Hume - UFMG



Entre os dias 03 e 06 de Agosto de 2010
acontecerá em Belo Horizonte, na UFMG, o IV Colóquio Hume

O Evento é promovido pelo GRUPO HUME UFMG/CNPq e pelo Programa de Pós Graduação em Filosofia da UFMG.

E eu não vou deixar de estar lá!
Eis a programação:

03 de Agosto – Terça-Feira
14:00 Inscrições
14:30 Abertura
Jorge Alexandre Barbosa Neves (Diretor da FAFICH)

15:00 -16:15 William Edward Morris (Illinois Wesleyan)
Hume’s Project in the Dialogues

16:15 Café
16:30 - 17:30 Marília Côrtes (USP/FAPESP)
O argumento evidencial do mal nos Diálogos de Hume

17:30 - 18:00 Matheus Batista dos Reis
Uma análise sobre os argumentos de Thomas Reid contra a via das ideias

18:00 - 18:15 Intervalo
18:15 - 19:30 Sara Albieri
A ser definido

04 de Agosto – Quarta-Feira
10:00 - 11:15 Charlotte Brown (Illinois Wesleyan)
Hume Against the Selfish Schools

11:15 - 11:30 Intervalo
11:30 - 12:45 André Klaudat (UFRGS)
Hume sobre prazer e valor e o desafio Kantiano

14:30 - 15:45 Adriano Naves de Brito (UNISINOS)
Hume and the Naturalization of Morality: apropos Values

15:45 - 16:00 Café
16:00 - 17:15 Leonardo de Mello Ribeiro
Um argumento do regresso humeano?

17:15 - 17:30 Intervalo
17:30 - 18:15 Renato Lessa (UFF)
A ser definido

05 de Agosto – Quinta-Feira
10:00 - 11:15 José Oscar de Almeida Marques (UNICAMP)
Necessidade e contrafatualidade no tratamento humeano da causação

11:15 - 11:30 Intervalo
11:30 - 12:45 Andrea Cachel (IFPR)
O padrão do gosto em Hume e a questão da regulação da crença pelo Juízo

12:45 - 14.30 Isabel Limongi (UFPR)
Notas sobre direito e política em Hume

14:30 - 15:00 Café
15:00 - 16:15 Cesar Kiraly
O suicídio como forma política e social no ceticismo de Hume

16:15 - 16:30 Intervalo
16:30 - 17:45 Marcos Balieiro
A ser definido

17:45 - 18:00 Intervalo
18:00 - 19:15 João Carlos Salles (UFBA)
Naturalismo e Filosofia em Hume

06 de Agosto – Sexta-Feira
10:00 - 11:15 David Owen (Arizona)
A ser definido

11:15 - 11:30 Intervalo
11:30 - 12:45 Lívia Guimarães
Hume and Feminism

12:45 - 14:30 Almoço
14:30 - 15.30 Anice Lima
Novos estudos humeanos: uma leitura

15:30 - 16:00 Café
16:00 - 17:15 João Paulo Monteiro (Universidade Nova de Lisboa)
Doubts about Induction

Maiores informações: http://www.grupohume.blogspot.com/

Apoio: Programa de Pós Graduação em Filosofia da UFMG; CAPES, FAPEMIG, PAIE, FAFICH

Bela Imagem


Allegoric image of philosophy on the building of the school of philosophy and philology of the University of Liège, place du XX-Août
Author: Flamenc 

sexta-feira, julho 16, 2010

Desencanto

Tenho que me livrar de umas ideias.
It’s now or never !
(acho que never, mas vou tentar).

Estou pela hora da morte com meus estudos, com o prazo apertado pra dar conta de tudo, e alguns pensamentos impostos pelas minhas angústias capturam-me de tal forma que fico a perambular, dia e noite, noite e dia, pela poesia, a procurar, quem sabe, um doce alento.

(e o trabalho a me puxar pelos cabelos...)

Há dias (e noites) comecei a namorar Manuel, Pablo, Federico... Ops... calma! Não se trata de nenhum caso de infidelidade conjugal, poligamia ou traição amorosa. Trata-se apenas de flertes entre mim e alguns poemas de García Lorca, Neruda, Manuel Bandeira e outros que encontro pelo caminho. Mas tudo não passa de uma troca de olhares, angústias e inquietações. Nada carnal...

Art by Nicoletta Tomas


Fico a procurar poemas que olhem pra mim e traduzam minhas aflições mal definidas, aflições de amor e de morte. Encontro muitos que vêm ao meu encontro. Outros que são puros desencontros. Eu abraçaria alguns por inteiro. Outros, apenas poucas linhas ou esparsos versos.

Eis aí somente um daqueles que eu abraçaria por inteiro.

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.

Manuel Bandeira. Em A Cinza das Horas (1917)

(e é assim, como quem morre, que eu acabo de ler e transcrever esses versos...)