sábado, julho 06, 2013

Absence as inexorable necessity

Folheando pra cá e pra lá um de meus fiéis companheiros, Barthes, in Fragmentos de um Discurso Amoroso, encontro o sentimento de ausência expresso num koan budista. Ele responde à seguinte pergunta (que no livro está implícita) de um discípulo a seu mestre :

- Mestre, o que é a verdade?
"O mestre conserva a cabeça do discípulo sob a água, por muito, muito tempo; pouco a pouco as bolhas se rarificam; no último instante, o mestre tira o discípulo, o reanima, e diz: - quando tiveres desejado a verdade como desejaste o ar, então saberás o que ela é".

Barthes, acrescenta: "a ausência do outro me conserva a cabeça sob a água; pouco a pouco sufoco, meu ar se rarefaz..." (p.31).


Photography
Rafal Makiela

terça-feira, julho 02, 2013

Tempo de perder tempo

ai que saudades
do tempo
em que eu tinha 
tempo
de viajar 
no tempo
sem me preocupar
com o tempo
...