Ella observa, enquanto toma seu café, a encruzilhada da Cruz Machado com suas velhas esquinas e seus transeuntes. Táxis, carros de passeio, utilitários e os mais diversos tipos de veículos automotores se entrecruzam. Pessoas comuns transitam pra cá e pra lá: passos compassados, mecânicos e regulares: uns mais apressados, outros menos ─ uma perna seguindo-se à outra, como numa engrenagem.
Os olhos de Ella percorrem vagarosamente todos os movimentos da rua, enquanto desgosta de seu café morno. Ella pensa: que vida mais ordinária, povoada de pessoas ordinárias, com seus rostos, roupas e sapatos ordinários!
Apesar da baixa temperatura de junho (e por que não dizer temperatura ordinária?), o céu curitibano está aberto e o sol reina majestaticamente. Porém, está frio demais para Ella e seu gosto quente. Suas mãos estão geladas. O coração apertado. E em meio à observação e burburinho ordinários, Ella aprecia o borbulhar de seu interno mundo extraordinário.
Os olhos de Ella percorrem vagarosamente todos os movimentos da rua, enquanto desgosta de seu café morno. Ella pensa: que vida mais ordinária, povoada de pessoas ordinárias, com seus rostos, roupas e sapatos ordinários!
Apesar da baixa temperatura de junho (e por que não dizer temperatura ordinária?), o céu curitibano está aberto e o sol reina majestaticamente. Porém, está frio demais para Ella e seu gosto quente. Suas mãos estão geladas. O coração apertado. E em meio à observação e burburinho ordinários, Ella aprecia o borbulhar de seu interno mundo extraordinário.
3 comentários:
Talvez o mais ordinário elemento do cenário seja 'Ella', ordinária que julga vulgar todo o mundo ao seu redor. Torna-se ordinária porque 'ella' sabe que no fundo não é nada mais do que parte complementar do todo ordinário que Ella tanto julga.
Será que a ´'extraordinária pessoa' também não é pusilânime e seria capaz de publicar os comentários. Vamos aguardar!
Caro anônimo(a).
Não costumo publicar comentários anônimos, mas resolvi te dar essa colher de chá, especialmente porque seu primeiro comentário me dá a oportunidade de esclarecer outros possíveis leitores incautos sobre os diferentes sentidos do termo ordinário.
Uma espiadela num dicionário bem basiquinho seria suficiente para esclarecê-lo(a) de que o termo ordinário, antes de ter o sentido pejorativo que você atribuiu, significa, primordialmente, aquilo (i) “Que está na ordem usual das coisas; habitual, useiro, comum: ii) Regular, periódico, costumado, frequente” (Aurélio Século XXI). E a vida é assim, meu caro (ou minha cara) sem nome. Ela (a vida), em geral, segue uma ordem usual, habitual, regular e frequente.
Era apenas isso que Ella observava: nada mais do que a vida ordinária, habitual e comum de todos os transeuntes, a partir de sua própria vida ordinária, “que no fundo não é nada mais do que parte complementar do todo ordinário que Ella tanto julga” (como você muito bem observou, embora, como disse, usando o termo em sentido pejorativo).
Nada de extraordinário ocorria externamente naqueles minutos do café de Ella, somente dentro dela. Mas o mundo interno de Ella, se extraordinário ou não, diz respeito apenas a ela. E Ella sabe que cada um tem o seu.
Não era preciso, caro(a) sem nome, tomar tais observações para si, tampouco ficar ofendido(a) e ficar despeitadinho(a).
Quanto ao segundo comentário, não vou publicá-lo, simplesmente porque, além de ser extremamente deselegante e ofensivo, parece revelar, digamos assim, um problema pessoal. E meu blog não existe para tratar de problemas pessoais.
A respeito do terceiro comentário (e de tantos outros anônimos de teor ofensivo e pessoal, talvez seus mesmos), aquele que sugere pusilanimidade de minha parte, eu diria que pusilânime é quem escreve comentários anônimos, ou seja, quem não tem coragem de assumir (e assinar) o que pensa e escreve.
Que fique claro que aqui eu publico somente o que eu quero (assinado ou não). E se o(a) senhor(a) não gosta do que escrevo (penso ou sou) não entre no meu blog. Simplesmente não me leia! Ignore-me, please...
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