"Aspiro a um repouso absoluto e a uma noite contínua. Poeta das loucas voluptuosidades do vinho e do ópio, não tenho outra sede a não ser a de um licor desconhecido na Terra e que nem mesmo a farmacopeia celeste poderia proporcionar-me; um licor que não é feito nem de vitalidade, nem de morte, nem de excitação, nem de nada. Nada saber, nada ensinar, nada querer, nada sentir, dormir e sempre dormir, tal é atualmente a minha única aspiração. Aspiração infame e desanimadora, porém sincera."
[Baudelaire 1867 | Proyectos de prólogos para "Flores do Mal" | Buenos Aires| 1944 | p.74 ]
[ Egon Schiele | 1890-1918 ]
Nenhum comentário:
Postar um comentário