quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Liberdade e Vontade em Locke

Recentemente publicado (set/dez/2009) na Revista Filosofia da Unisinos (volume 10, número 3) um artigo meu sobre Liberdade e Vontade em Locke http://revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/5027

Eis o resumo:

Este artigo visa à apresentação e análise interna do compatibilismo de Locke, ou seja, da tese lockeana de que a liberdade é compatível com a necessidade natural. Para tanto, é focalizado o capítulo Do Poder (cap. XXI, livro II do Ensaio sobre o Entendimento Humano), em que Locke examina os conceitos de liberdade e vontade. Este estudo pretende mostrar que, embora Locke, por vezes, pareça se comprometer com teses incongruentes com o compatibilismo, ele é, essencialmente, um compatibilista. A impressão de que Locke defende teses incompatibilistas é desfeita, quando ponderamos com atenção o seu argumento geral sobre vontade e liberdade. Locke defende textualmente que o voluntário não se opõe ao necessário. Como compatibilista, ele sustenta que a vontade não é livre. Assim, o homem livre não pode ser aquele que é livre para querer. Um homem considerado como agente livre é aquele que tem liberdade de ação e não liberdade da vontade.

Palavras-chave: liberdade, vontade, compatibilismo, escolha, necessidade

3 comentários:

jurisdrops disse...

Marília:
Como é triste constatar que nossa liberdade é muito mais estreita do que imaginamos.
Bjos

Aguinaldo Pavão disse...

Marília.
Parabéns pela publicação. Puxa, e numa revista B1! O último meu saiu numa B2 (mas não fiquei com inveja. Ou será que fiquei? rsrs). Li com grande interesse o teu artigo. Como você sabe, o tema da liberdade me encanta deveras. Achei simplesmente brilhante a tua análise.
Beijo.

Marília Côrtes disse...

há há há, vc com inveja de mim? não vejo como... eu aqui, tão mortal e comum, shuiff... rsrs.

esse é um olhar, como diria Roland Barthes... de "um enamorado em ação"!

Obrigada pelo comentário laudatório rsrs, vou aceitá-lo (sorrindo), mas achando (comme d'habitude) que vc é meio exagerado. Eu diria: menos... menos... rs
bjs