Há um ano, precisamente entre os dias 27 e 31 de outubro de 2008, aconteceu na UNIOESTE o XIII Simpósio de Filosofia Moderna e Contemporânea, assim como neste ano, entre 26 e 30 de outubro, ocorreu o XIV. Na época do XIII eu era ainda professora de lá, e, por conta disso, além de participar do simpósio como apresentadora de trabalho, logo após, fui convidada por alguns alunos meus do primeiro ano de filosofia, responsáveis também pelo programa "Latrina" da Kula Radioweb Universitária , a dar uma entrevista sobre filosofia.
Bom, por mais que eu estude filosofia nunca acho fácil falar sobre ela (a gente sempre acaba dizendo algumas besteiras), ainda mais assim, numa rádio, onde há uma transmissão pública, em maior escala, da minha voz, de minhas ideias, opiniões e conhecimentos. De qualquer modo, encarei o desafio e lá fui eu. Antes de ir é claro que pedi que eles me dessem ao menos algumas dicas sobre as questões que iriam fazer. Assim, eu teria ao menos uma ideia do terreno em que iria pisar.
As questões eram basicamente as seguintes: o que é filosofia? o que me levou a fazer filosofia? por que escolhi estudar especialmente o filósofo escocês David Hume? qual a importância do simpósio para a universidade, para os alunos e demais participantes? e por que a discussão filosófica é importante nos simpósios, congressos, encontros, universidades e escolas?
Pensei um pouco sobre elas e achei que uma certa ordem me ajudaria a seguir um raciocínio X. Combinamos, então, a ordem das perguntas, mas na hora H a entrevistadora, no calor de um certo e natural nervosismo, inverteu a ordem. E é claro que isso já bagunçou um pouco o meu coreto, mas não o suficiente para eu perder totalmente o rebolado. Achei até que foi bom, assim a entrevista se deu de modo mais espontâneo.
Minha idea era transcrevê-la aqui, mas como estou quase sempre correndo atrás do tempo para que ele não me engula, e a entrevista tem 21' e 10", resolvi, já que a Rádio é Web e está disponível na internet, passar o link a quem possa interessar. Adianto que ali, quase como sempre, deixei de dizer algumas coisas que deveria ter dito, deixei de precisar pontos importantes; e disse coisas também que, talvez, não devesse, ou ao menos não disse do modo como gostaria de ter dito, o que acho perfeitamente normal numa situação como essa, em que por mais tranquilo que alguém possa ficar, uma certa taquirritmia sempre ocorre, o sangue esquenta, o pensamento escapa, as palavras faltam, a língua enrola, enfim... rola um certo descompasso entre o que pensamos, dizemos e gostaríamos de ter dito.
Quanto ao nome do programa, Latrina, não me perguntem por que ele tem esse nome tão sui generis, pois eu mesma ainda não entendi. Aliás, na verdade, eles não me explicaram naquele dia, estávamos com o tempo contado, e, depois, acabei calando a pergunta. Várias vezes pensei em perguntar, mas sempre acontecia alguma coisa que fazia com que eu deixasse pra lá. Agora, ao ouvir novamente a entrevista, fiquei com vontade de saber. Vou perguntar e depois eu conto, tá?
Eis o link: é só acessar e fazer o download!
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